terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Das notícias do mundo...

Num mundo onde as novas 'invenções' surgem numa velocidade espetacular nunca antes vista, só perdendo mesmo para os 'bafons' dos famosos, a última invencionice põe no chinelo as bugingangas do penúltimo post. Mas olha que não é brincadeira para criança.

Segundo o portal G1 uma empresa vai oferecer maconha em máquinas tipo aquelas de refrigerante. Poizé, bagulho agora é fichinha! E mais: o distribuidor automático da erva já se encontrará em funcionamento na próxima segunda, a de carnaval. ho ho ho. Só peço atenção para os mais afoitos, pois a empresa é californiana e não pernambunaca, baiana ou carioca. Não há previsão para instalações nas ladeiras de Olinda, no percurso Barra/Ondina, nem tampouco no camarote Brahma na Sapucaí.


Para adquirir o produto basta digitar o código do produto escolhido, em seguida retirar o lacre da embalagem e Bon Apétit!, quer dizer, isso só depois de chapar. =]]

Já de olho numa futura concorrência e no mercado em expansão - o Brasil é o segundo maior consumidor de maconha da América do Sul [Fonte], a rede Mc´Donald´s já pensa em disponibilizar o combinado com o maravilhoso fumo folhoso, o McOnha. Para agradar aos mais diferentes paladares, a rede de fast foods disponibilizará os diversos acompanhamentos para a combinação: desde a escolha do tipo da marijuana até o sabor da seda e uma possibilidade de mistura com outras ervas. Além do sabor diferente e da composição generosa dos seus ingredientes, o preço do McOnha será extremamente atraente e sua McOferta será a mais econômica do cardápio até o final da estação.


O maravilhoso portal Desiclopédia elencou alguns relatos de quem já usou e abusou aprovou da iguaria:

"Fumar maconha causa falhas na memória e outras coisas que eu esqueci."
Marcelo D2 sobre Maconha

"Vou Apertar mas não vou acender agora..."
Bezerra da Silva sobre Maconha

"Dizem que maconha vicia. Eu fumo maconha há 30 anos. 30 anos... todos os dias, não pulo nenhum... E não sou viciada!"
Maria Alice Vergueiro sobre ... o que mesmo?

"Seu playboy maconheiro viado de merda!!! É você que financia essa porra!"
Capitão Nascimento sobre Maconha



Playlist: Could you be Loved - Bossa'n'Marley

sábado, 26 de janeiro de 2008

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Brinquedos só no Natal?

No mundo da indústria de brinquedos, que movimenta cerca de 30 bilhões de dólores anuais, há novidades saindo do forno a toda hora e não só nas vésperas de Natal e Dia das Crianças.

Depois de anos de sucesso de jogos de tabuleiro como banco imobiliário, da boneca Susi, de personagens como a gatinha japonesa Hello Kitty e de jogos de estratégia como o War, chegou a vez de novos projetos para uma garotada da nova geração.

Prometendo aquecer as vendas de brinquedos no comércio, a Corrida ao Talibã (do original inglês "Bin Laden´s Persecution Grow") é a promessa para 2008. Pouco conhecido pela garotada, o trabalho pedagógico do jogo é descobrir e invadir a caverna do Papai Talibã e não deixar pedra sob pedra.


Dizem que a demora para lançar o brinquedo nos EUA dá-se em função do conteúdo altamente exsplosivo do brinquedo. E como a China é a fabricante e montadora das peças, há receio de um futuro Recall devido a presença desses elementos bélicos, químicos e atômicos.

A linha Terrorism Racer incluirá, obviamente, versões de controle remoto, a versão lego, versão barbie - esposa número um e uma série de tanques de guerra de metal, do selo Hot Wheels.

Mas a grande sensação, pelo menos no mercado brasileiro, amparado no sucesso do filme Tropa de Elite, é a versão tupiniquim do jogo de tabuleiro War.















No War in Rio, 'o tabuleiro, as peças, as cartas, tudo foi inteiramente reconstruído para se adequar ao mercado à realidade do Rio de Janeiro. Só o que não mudou foram as regras do jogo: destruir o inimigo.'



(8) Qualquer coisa - Arnaldo Antunes

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Percepção de beleza

'Por muito tempo a beleza tem sido definida por esteriótipos limitados e sufocantes'. Decidida a reverter essa cultura da beleza e atingir um maior público, a Unilever, pela DOVE, lançou no ano passado uma campanha intitulada "beleza real", que vale a pena conferir:






No meu ponto de vista a empresa realizou com sucesso sua estratégia de marketing: tem uma real visão do público alvo, sintonizando-se com os seus sonhos e anseios íntimos. Além do que, deixa claro o que seu produto pode fazer - ainda que não faça nada! - para o consumidor. É ou não é? ou não é?

Segundo o prefácio do estudo (disponível no portal Dove) em 1913, 'o dicionário Webster definia a beleza como uma propriedade que agrada aos olhos, aos ouvidos, ao intelecto, à faculdade estética ou ao senso moral'. Esse conceito encolheu. A cultura americana, como totem maior da cultura mundial, estabeleceu uma linha de padrão de beleza sublime, que flerta exclusivamente com a forma e não de conteúdo. Com sede em Beverly Hills, 90210, o auto grau de perfeição não precisa ser necessariamente inteligível. A sublimidade, enquanto o prazer do belo elevado à última potência, também é objeto de discussão filosófica. O que existe entre o comum e o sublime?

Segundo o filósofo Kant, a beleza deriva tanto da positividade como da negatividade: a primeira é o fundamento do belo; a segunda, do sublime. O ser é belo, o não-ser é sublime. Enquanto o belo é um prazer positivo, o sublime é um prazer negativo, que deriva da contemplação de algo que, em princípio, provoca desprazer, sentimentos negativos. [Fonte]

Entender essa questão já é uma tarefa difícil. Tratar agora de filosofia aplicada, nem pensar. Vamos ficar nas divagações a respeito do tema que me veio à cuca depois de ler numa passagem de Aritmética, romance de Fernanda Young, com direito a grifo de marca-texto, sobre a sublimidade:

"Sempre quis ser sublime; uma pretensão fadada à frustação. Porque, conseguindo-se ou não, em nada será beneficiado. Ninguém quer conviver com a sublimidade - é o tipo de qualidade absoluta que exige serviçais, não convivas."

Penso que a beleza que interessa é aquela que preenche os requisitos do bom marketing: conhecer o alvo, criar uma sintonia com o desejo íntimo e 'se garantir' ainda que não perfeito, não sublime. Como canta Zeca Baleiro, 'no mundo velho e decadente que ainda não aprendeu a admirar a beleza', temos que lidar com a estúpida significância de refletir a 'beleza do erro do engano da imperfeição'.

Bruzudangas, bruzudangas!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Uma parábola, um analfabeto e a peleja travada

Hoje vou falar de religião. É, de novo. Mas não se preocupe, isso aqui não se tornou um blog apostólico, não. O fato é que eu me senti na obrigação de partilhar com vocês um material que eu acabei encontrando num desses Fóruns virtuais.

Antes, proponho que fechem seus olhos e sintam todo o ambiente que os rodeia. Captem a energia, abram seu coração e doem-se. E assim deixem que a palavra do Senhor adentrem seus corações. É mais ou menos através desse modus operandi que se inicia a catequese protestante, preparo para a pregação da palavra que levam a consquistar milhares de brasileiros diurnamente. Mas e quando chama, chama e ninguém atende? Ou, na pior das hipóteses, ninguém entende as palavras de salvação?

Jesus falava por parábolas para ser mais facilmente entendido. Agora, num país como o nosso, o Brasil, em que no ano 2000 possuia a mesma quantidade de analfabetos que no ano de 1940: 16,4 milhões. E mais, da outra parte alfabetizada, 30% são alfabetizados rudimentares, isto é, são os que conseguem ler títulos ou frases, localizando apenas informações bem explícitas em um texto, fica difícil esperar alguma razoável interpretação de texto, quiçá das escrituras.

Mas os problemas acabaram! Foi justamente pensando nesse problema social, que encontra-se no ar o site Aleluia! onde você pode exprimir o que lhe aflinge, tirar suas dúvidas, conhecer antecipadamente as tendências do pensamento religioso e, ainda, baixar papéis de parede e protetores de tela, e quem sabe até - já pensando nas minorias - baixar a pregação falada, letrinhas-free!

Deixo para vocês, os mais absurdos, divertidos e catalogáveis questionamentos religiosos encontrados no portal:

"Fui procurado por alguns adolescentes de nossa igreja, sobre se aprender jiu-jtsu (não sei se a escrita está correta) é de Deus. Gostaria de receber resposta ou endereços de sites evangélicos que tratam do assunto."
Jorge Mota, Belém - Pará

"Assisti em vídeo uma mensagem que dizia que Caim não era filho de Adão e que quando Adâo conheceu Eva ela naõ era virgem e que Caim era filho da serpente. pergunto se isso realmente e verdade e onde esta escrito?"
Dalva m s Mota, Goianio - Go

Adão e Eva eram gigantes?
Valeria, Osasco-SP


"Gostaria de saber o seguinte: se a população da Terra descende de um mesmo casal, ou seja, adão e eva, como que pode existir uma pessoa com a pele totalmente negra enquanto que existe outra de pele totalmente branca e olhos azuis? Seria adão e eva um casal de negros, arianos, japoneses ou o que?"
Kennedy Souza, Anápolis - Go


Melhor que tudo isso, só o nada inédito, funk da menina pastora:



E por hoje é só pessoal! Amém?
Está fraco.
AMÉM?
Amém ou não amém?

domingo, 13 de janeiro de 2008

Cantos epifânicos para Milkshakes carentes

Chegado o verão, um calor no coração... e um buraco no estômago. A cidade completamente invadida por turistas e campinenses, estes mais que aqueles. Tudo muito movimentado, muito lotado, e eu tentando me esquivar dessa magia colorida. Sabe como é, coisas da vida. E tudo mais parece um cáos quando se é sexta-feira e se está absurdamente 'brocado' - no melhor jargão portovelhense.

Juntando essa agorafobia à vontade de comer, me dirigi até o Bob´s da praia de Tambaú. Ninguém nas mesas, quase fechando e o melhor: sem fila. Também, 23:30. Um horário não muito feliz para se tomar um milkshake ovomaltine tamanho médio (500 ml de gorduras totais, fatais, letais e etc.), mas vá lá. A minha vontade de comer estava arrazoadíssima, diga-se de passagem.

Fiz meu pedido e, enquanto aguardava a aprovação da compra e preparação do shake, fiquei viajando, literalmente, em quanta informação é empurrada para o consumidor. Além dos diversos produtos, diversos preços e tamanhos, hoje há a oportunidade de se acrescentar ingredientes ao sanduíche. Tudo eles oferecem: presunto, cheddar, até ovo, ao acréscimo 'des'considerável de R$ 0,40, o ingrediente. A única coisa que era oferecida de forma gratuita e não opcional era a transmissão de um show Gospel. Mara Maravilha, Aline Barros, Robinson - o anjinho, Conrrado e a esposa, Andréa Sorvetão, num editadíssimo piratão.

E quando dei por mim - estava aqui!, com essa (outra) viagem:

POR QUE carambolas todo estabelecimento comercial onde evangélicos protestantes são os donos, sempre tem que rolar uma pregaçãozinha, ainda que de leve, de brinde? Pow, é venda ou mera promoção do seu pensamento religioso?

Tá que nem uma certa amiga que se lembrou duma ocasião em que ao entrar numa casa comercial, deparou-se com a frase: "Breve Jesus voltará!", e espantada retrucou: "Gente, mas pra onde ele foi?" Rs!

Agora... até onde eu saiba o Estado é laico. E se o 'filho do dono', certa vez, já voltou sua ira contra a humanidade por fazer da casa de seu pai comércio. O Bobs é que não poderia bancar o 'dono do mundo' ao prover entretenimento para as pessoas, para ganhá-las. A religião é qualidade subjetiva, se constrói e não se vende. E engordar a mente dos clientes do Bobs com pocket show gospel não é nada saudável. Quer dizer, nada alí é.

Enquanto isso, na sintonia: (8) Mandinga, não! - Ana Cañas.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

É feio, mas tá na moda!

Não é de hoje que a música brasileira serve de estímulo para produções musicais internacionais. A sonoridade vivida aqui acaba se apresentando como uma influência marcante e boa opção quando da vontade de grupos, ou produtores, ou músicos, ou sei lá o que, de mesclar elementos exóticos ao seu som.

A bossa nova, ou como dizem os estrangeiros: "brazilian jazz", há tempos é reconhecida lá fora, inclusive nas vozes de interpretes internacionais. Bandas como o Nirvana admitiram a influência direta de discos tropicalistas em suas obras. Agora é a vez do funk carioca tomar a cena.

Ainda que indiferente à discussão a respeito da estética do funk carioca, ou do papel da "bundamusic" na construção da cultura popular, é inegável o fato de que o som de quartinho de empregada tem sido super bem aceito no exterior e muita gente que trabalha com música tem se apropriado do batidão pra acrescentar um swing ao seu som.


Um exemplo bem destacável, hoje em dia, é M.I.A, Maya Aurl, a cantora que nasceu no Sri Lanka, refugiou-se na Índia durante a guerra civil e radicou-se em Londres. A rapper nunca negou sua influência nos batidões do funk carioca. Ao contrário, seus produtores vêm garimpar batidões irreverentes do funk brasileiro para contagiar ainda mais o electrozão barra, marca da cantora. Inclusive, uma de suas músicas mais famosas, o rebolation "Buck Done GUn" foi sampleada dum batidão do DJ Malboro, que já declarou - a respeito da relação entre o funk carioca e a música eletrônica - o seguinte:



“Não entendo como um sujeito que ouve Peaches e Miss Kittin pode falar mal de Tati Quebra-Barraco"





Bruzudangas à parte, seja como for, pense o que pensarem a respeito, eu me apego ao resquício de ufanismo ao qual tenho direito quando descubro que um som - como esse da M.I.A, ainda que 'samba de gringo', é eleito pela RS americana como melhor álbum produzido no globo em 2007. É uma "farra internacional" com a ginga de malandro.

Fica aqui o vídeo de uma das faixas desse álbum que eu mais gosto, uma coisa funk-trash-oitentão, "Pois é" (Boyz):


;p

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Cortando o tempo

A patrocínio do Mercadinho Manaíra, denuncia-se, num calendário estampado com aquelas fotos, sem nenhum senso, de bebês europeus de bancos de imagem, o ciclo da vida na minha geladeira. É um novo ano! E agora?!

Geralmente, nessa época de comecinho de ano as pesssoas se apegam numa 'linha'. Para uns nada mais pabuloso do que resoluções de ano novo (ou seja a 'fazeção de listinhas'), preferem "não-esperar-para-amanhã-o-que-você-pode-fazer-hoje" achando que a virada nada mais é do que uma novidade que nunca acaba. Outros, como eu, e como a maioria (acredito), depositam toda fé nesse ritual antropológico de passagem, o ano começando com aquela sensação de que a vida pode mudar para melhor. eba!

A propósito, minha amiga junkie, porém sábia, Natália me mandou por depoimento uma mensagem (vai ser uma explanação triste se alguém recebeu o mesmo conteúdo, denunciando o envio em massa, viu Tuxa Maria?) que se referia ao seguinte texto de Carlos Drumond de Andrade:

Cortar o Tempo

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente."

Sei, obviamente, que o tempo é contínuo e calendários são apenas convenções de um ciclo que se renova e repete a cada ano. Mas, oras!, tudo está em constante mudança, tudo cicla, o mundo dá voltas, né isso? E é por conta dessa voltinha, de mais uma translação da terra ao redor do sol, que existem os calendários, que existem as convenções.

A natureza é bem sábia na questão. Existem ciclos reprodutivos, ciclos menstruais, ciclos do carbono na atmosfera, as estações do ano, o movimento das águas. Até os parasitas, esquitossomos e trematódeos se desenvolvem em ciclos, poxa! Tudo tem um ciclo, um ritmo, para que se desenvolva, ou, para que não canse.

Mas mais do que começar planos inéditos, importante é desfazer nós, é melhorar o que já fazemos, voltar a praticar o que se costumava fazer. Que cada movimento tonifique outro; que a vontade de deixar a linguagem do meu trabalho monográfico bem acessível e longe do juridiquez comum acabe por despontar num prazer de escrever nesse blog; que com o término do curso, novas mudanças, novas viagens, surjam novos interesses e grandes oportunidades; que malhando mais pernas eu, consequentemente, force mais os músculos abdominais, tipo malhe um leve dois!; que comendo menos carne vermelha eu possa salvar uma vaca da morte no mundo; que realizando mais encontros lá em casa eu tenha mais amigos contribuindo no rodízio da pizza; que fazendo mais horas-extras eu consiga mais créditos para folgar às sextas; que com Mercado Manaíra - agora - aceitando Mastercard eu compre mais e pague menos e troque tudo por milhas...

Realmente, tem coisas que só um Ano Novo faz por você!

Playlist : I can see clearly now - Marisa Monte