sexta-feira, 31 de outubro de 2008

31.10.08

Dois amores que tenho na vida, aos quais sou totalmente fiel e responsável: minha exigente, sedutora e boêmia sexta-à-noite e o meu extrovertido e hiper-ativo sábado-à-tarde. São dois amores exigentes. E pela imensa alegria que eles me proporcionam, me sinto mais do que na obrigação de fazer com que – uma vez por semana – eles passem por momentos inesquecíveis. Como todo bom amante, presentear nossos amores, só faz parte.

Os amo tanto que dificilmente não conseguirei não falar deles, o significado de cada olhar ou pequenos defetitos irressistíveis.

As sextas chegaram na minha vida, de uma forma que eu nem lembro. Quando dei por mim, ela estava ali fazendo sempre dos momentos dos nossos encontros, vibes inesquecíveis. Ela dá, digamos, uma hypada na minha vida. Ela me mostra como nossos encontros podem proporcionar momentos únicos. Ela me conta histórias. Um dia a história do Brazilian Soul, da música preta brasileira. Outro dia, ela vem num CD de jazz das antigas, me fazendo duvidar se já passei por aquilo, ou não.

Os sábados, são uma alegria. Ele chega em horas que nem espero. È até engraçado. Me puxando, “põe uma roupa, Heber!”. Vamos beber, andar de metrô, fazer uma comprinha. “Que tal andar de bike? Adoraria....”. E eu não consigo me conter, me impor. Ele é assim. Alegria em pessoa, não me deixa espaço pra contrariá-lo. E pra que eu quereria?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Erratas

1. o link da música para dowloand que disponibilizei ontem, agora sim, está available. Mas o rapidshare, está com uma conversinha de just can be downloaded 10 times.


2. Postar sem reler exige depois uma série de revisões. Por isso, entrem, mas não reparem a bagunça.

Ciências exatas

Na época em que cursava a 6ª série do ensino médio (que hoje corresponde a algo muito próximo do número seis), eu tinha aulas da disciplina conhecida como Ciências com uma professora de quem eu não lembro o nome. Mas não me esqueço jamais da sua cabeleira loira de cachos fofos e finos ajubados por, de quebra, uma franja demais para os anos 90, além de uma lição em particular que ficou fixada nas minhas lembranças tanto quanto esse visu.

Numa daquelas ocasiões de 45 minutos insuportáveis que se arrastavam em cada tempo de aula, a professorinha parou a explanação e nos contou que apesar de estar de corpo presente, dar sua aula com a concentração que as ciências humanas exige, estava difícil. Com surpresa, recebemos a informação que na véspera ela havia dado fim ao seu noivado, depois de três meses de namoro (Noivado com apenas 3 meses de namoro é bem coisa de mulheres acima dos trinta e poucos. E, na época, ela já devia ter os seus). A mulher parecia mesmo muito abalada, mal começou a contar do seu problema e a voz embargou, mas acabou sucumbindo à curiosidade dos alunos e 'desafogou suas mágoas' ( o que não foi muito difícil. Convenhamos, convencer uma trintona, encalhada, mestra na anatomia humana dos órgão periféricos a falar de homem, é tarefa das mais fáceis. Só dá um poquinho de atenção e 5 minutos de conversa).

Depois de meia dúzia de frustações sobre os homens em geral, revelou a todos a verdadeira razão do fim do romance. Nos contou que para comemorar o noivado, havia preparado um jantar para a família e receber o pretendente. Por óbvio, depois da refeição era chegada a hora da 'sobremesa', então partiu animada pro quarto pra dar um tapa na peruca (mas qual?) antes de saírem. Voltando do quarto, entrou na cozinha e pegou o noivo em flagra! Ficou estarricada com a visão da cena que jamais pensou que presenciaria em vida: o flagrante do noivo escovando os dentes na pia da cozinha. Ela nunca esperou isso do homem que escolheu para passar o resto dos seus dias. Aquilo foi demais para ela. O bastante para por fim ali mesmo, ainda com espuma colgate sobre as xícaras de café, no relacionamento com futuro noivo.

Muito diferente da imagem da anatomia dos músculos e órgãos bem impressas na folha transparência que projetava-se na parede branca, toda aquela estória não me parecia nenhum pouco clara. Não consegui entender, afinal, se com todo aquele sofrimento ela tentava nos passar a mensagem que por mais que gostássemos de alguém, pensando que esse alguém tinha tudo a ver com você, hora ou outra iríamos nos deparar com uma pessoa que você terá certeza que jamais conheceu. E melhor não levar adiante coisas desse tipo, pois loucuras já bastam as suas. Ou, se apesar das diferenças, é preciso não ser tão radicais e intolerantes sobre o que se pensa, pois nem todas as pessoas se expressam, amam e tem opiniões próprias sobre enxague bucal iguais. E ainda bobiar de acabar chegando aos trinta anos só e mal comida. Não sei, até hoje tenho essa dúvida. De certeza só a que nunca mais lavei a boca numa pia.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Maybe baby's found somebody new


Passar alguns dias sem sequer poder dar uma rapidinha, pelo menos uma logada ligeira, assim the flash - mega rápida! pruma postada mais curta que seja, influi no meu humor e auto-estima, pode acreditar! Às vezes o que falta é tempo suficiente pra fazer o serviço bem feito. Ou, quando não cabe essa desculpinha esfarrapada, há aquela outra: "porque estou indisposto...". E dizer isso é tudo mentira! Pois, verdade mesmo é que se for pra fazer, melhor fazer bem feito. Nada pela metade. Nada meia-bomba. E desculpas não adiantam, nem interessam. O que importa não são os motivos para a ausência de post, mas ele em si. E pra bom post só a inspinpração (E expiração, vá lá, mas sempre contraíndo o abdômen...). E para um influxo criador daqueles! existem apenas duas saídas: ou você arruma um bom contato que lhe venda duas medidas de inspiração, ou você conquista. E quando não há conversa, nem cachaça que dê jeito, o bom mesmo é conquistar... Eu, ando inspirado, e olha que não comprei nada!

E para os meus três leitores, uma música 'bem erótica' (qual a trilha da sua inspiração?) pro momento de inspiração (só clicar e baixar!):


terça-feira, 21 de outubro de 2008

Até o penúltimo dia desse mês, está rolando na maior capital do hemisfério sul das Américas (da arte de inventar adjetivos para se referir - e não ser repetitivo - sobre a cidade você sabe a qual ) a sua 32ª Mostra Internacional de Cinema. E sobre o evento, nada para falar. Mas muito para ver. São mais de - sei lá - 450 filmes em cartaz numa cidade em duas semanas! Diga se não dá pra pegar pelo menos um cineminha nessa semana? Aqui, três deles:


o épico, Che:



o do Woody Allen e Scarlett Johanson, em Vicky Cristina Barcelona:



e o brasileiro, A Festa da Menina Morta:



e haja pipoca!

domingo, 19 de outubro de 2008

Leitura rápida para quem não tem tempo,

Ou para quem gosta muito ler sobre aqueles que não tem nada para contar: 13 livros curtos, muito curtos, indicados pela Boo:

1 – Todos os livros que eu li – por Lula
2 – Como fazer amigos e influenciar pessoas – por Geraldo Alckmin
3 – Minhas grandes atuações – por Nicolas Cage
4 – Os homens da minha vida – por Sandy
5 – Tudo que eu sei sobre pobres – por Walter Salles Jr
6 – Meus segredos de beleza – por Maria Bethânia
7 – Diretório de políticos brasileiros realmente honestos
8 – Como raciocinar logicamente – por Eduardo Suplicy
9 – A incrível modéstia de Caetano Veloso – por Caetano Veloso
10 – Minha vida privada – por Paris Hilton
11 – BBBs que mudaram o mundo – por Pedro Bial
12 – Minha receita para perder peso – por Ronaldo Fenômeno
13 – Estratégias para vencer sempre – por Dunga


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

só pra descontrair um pouquinho...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Eleições 2008, nº 03

Se não fosse o jornal de véspera (todas as sextas é dia do Guia da Folha, o suplemento do jornal com o roteiro dos melhores programas de entretenimento, gastronômicos e culturais do fim de semana que acontecem na cidade de São Paulo) dificilmente lembraria que no último domingo (05) era chegado o dia do Sufrágio Universal. Apesar do nome apocalíptico, não era a data marcada para o fim dos tempos, ou talvez sim. Graças à lei municipal da Cidade Limpa (mais restritiva e eficiente que a lei eleitoral federal) que prevê alguns limites à atividade publicitária no período eleitoral, ‘respirei’, ou melhor - usando um verbo mais apropiado para região, atravessei praticamente incólume os meses que antecedem o primeiro domingo de outubro de ano eleitoral. Fui livrado do flagelo típico do período: santinhos, outdoors, faixas, banners, letreiros e carros de som que tanto concorrem com os horizontes, a arquitetura de uma cidade, os sinais de trânsito, os postes de iluminação e, principalmente, o sono extended mix dos meus domingos.

Nessa nova era de campanhas para os cargos executivos e legislativos, a rebordosa eleitoral se resume ao tête-à-tête: visita de comissários, alguns e-mails auto-promocionais, ligações de telemarketing e, há quem relate, mensagens telefônicas gravadas pelo Presidente Lula.

A Folha de São Paulo me fez lembrar da minha obrigação no encerramento do primeiro turno que acompanhava com honesto interesse e o mais despreocupado compromisso, afinal só teria que, no domingo, justificar meu voto.

Mas àqueles que igual a mim distraíam-se para o domingo reservado para o exercício cívico e – dessa vez, de mim diferentes – não se interessavam pelo Guia da folha, não havia problema. No dia marcado, a cidade estava aflita, repleta de trios-elétricos, bandeiras, chuva de santinhos - em especial do candidato da situação (pai do projeto de Lei Cidade Limpa), lembrando aos eleitores do seu compromisso compulsório. Não havia como se esquivar.

E ainda que eu buscasse me enxergar num futuro de civilidade com os avanços legais, a bagunça organizada da cidade, o carnaval fora de época do colégio eleitoral, com bandeirolas, confetes de santinhos, criminosos não disfarçados e disfarçando a compra de votos, me punham de volta ao passado. Na época em que garoto acompanhava minha mãe para depositar o voto na urna e brincar com os santinhos na quadra do colégio. É... é difícil falar em mudanças.