terça-feira, 27 de janeiro de 2009

toc-toc, Dj!

- Oi? Você poderia me 'ver' um desses cigarros, por favor?
- Ah, sim cláro. Mas olha, só faltam três pra acabar minha carteira. Pede daquela minha amiga alí. Ela tem bastante ainda, tava te olhando e é gatinha. Quem sabe você não chega junto?
- Pois é, quem sabe? Quem sabe mais tarde? Minha amiga é a Dj, acabou de começar o set. Somos do nordeste, ela é convidada da noite e quero prestigiar a apresentação.
- Ow que dá hora, mano! Que som louco! A-DO-RO o nordeste! Já fui ao ''Espírito Santo''!
- Olha, me desculpa, mas eu lembrei que não fumo.

Se os paulistas conhecessem bem a geografia dos estados brasileiros, sem dúvidas, seria mais fácil conhecer talentos precisos e não revelados como ela: Dj Danny Andrade, nordestina que toca pra caramba!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Se é do EU
é CÉU
Se é do EGO
é CEGO

if it is MINE
it belongs to the SKY
if it is in the egoist MIND
it is BLIND


Walter Smetak

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Desperta't, revela't…

Reveille-to! ou, quer dizer, Rebele-se! Esse é o chamado da nona edição do BAC! Festival Internacional de Arte Contemporânea que a Laura visitou em Barcelona e mostrou pra gente no moda pra ler. Vale a pena conferir o site da expo. São artistas dos cinco continentes que através da sua arte buscam decodificar os efeitos que o consumo é capaz de provocar nas massas. Por isso lembre-se: Don´t be a fashion victim!

domingo, 11 de janeiro de 2009

no top de 5 segundos...


Retrospectiva: palavra que, geralmente, só ouvimos na ocasião dos últimos dias que antecedem a virada de ano. Mais que um exame de consciência, o termo que vem do latim Retrospectare (espetar atrás) sempre esteve relacionado com o exercício de memória que bem ou mal nos auto-estipulamos a cada intervado de doze meses.

Carlos Drumond de Andrade, uma vez, considerou genial o indivíduo que teve a idéia de cortar o tempo em fatias, industrializando a esperança que se renova no limite da exaustão a todo ciclo. Penso que se algum bem-aventurado resolveu industrializar o tempo, ótimo!, pelo visto, só nos restou, então, comeciar as retrospectivas de um ano.

O ser humano é uma obra perfeita mesmo!, veja, conseguimos transformar a retrospectiva num subproduto do comércio: serviço sem qualidade e resoluções a baixo custo, de preferência,de forma rápida e de fácil digestão. Momento de refletir? Que nada! É hora de fechar a conta e passar a régua.

E graças à cultura pop das listas, retropesctiva virou panetone e, no final das contas acabamos simplificamos ao máximo o exercício historiográfico em diversos rakings e top pareds. Passamos a cultuar as lembranças do passado de forma caricata e preguiçosamente fácil. Engraçado foi como consiguiram embrulhar um substantivo - retrospectiva -, que de pronto nos remete ao passado, de uma forma tão próxima ao adjetivo 'previsível'. Agora, essas palavras além de óbvias, quase sinônimas. Tudo o que precisamos é valorar, sob quaisquer parâmetros que nunca importam, os fatos do ano e fazer a relação.

Nessa capitalização do ano que ficou pra trás, quase que sempre o resultado final é o mesmo. Todo ano, tudo igual: todas as maiores desordens e tragédias criminais e policiais de destaque na mídia envolvem algum personagem da classe média; ribulações políticas e judiciais dos mais inéditos e inimgináveis casos de corrupção nos país dOs Bruzundangas que nos parecem sempre mais apáticas; provavelmente um grande time cai para a segunda divisão; certamente o campeão do Big Brother Brasil estará na lista das personalidades do ano, ao lado da atriz que faz a vilã da novela das oito (a mais vista dos últimos tempos), destaque também. O mundo se derretendo e a floresta queimando... e nós aqui.

Gostamos da condição de telespectadores e os especiais televisivos de fim de ano.

Não parece simples? Nada menos difícil do que a tarefa de retrospectar. Tudo muito fácil de prever. Certo cantavam os Mamonas Assassinas, uma letra de música onde começa com a pérola do óbvio ululante: "no mundo animal exeste muita putaria"... e mais pra lá a máxima:"e as vaquinhas que por onde passam deixam um rastro de bosta". Colocando o rastro da vacas mais próximo do que se imagina, quase uma analogia lulística. Original.

Diferente do que conseguimos sem interesse: tornar mais óbvio o próximo ano, aquela fatia fruto da idéia tão genial do indivíduo que dividiu o tempo.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Last Call


Final de ano, época da virada de disco. Que fase! Parece o período mais propício para esbalde dos nervos e exploção dos que nos resta de esperança e alegrias. Tudo contribui para uma sensação de easy life: clima ameno, ares de solidariedade, décimo terceiro salário, festas incríveis, etc... (Afinal, de onde vem a calma?). Tudo, enfim, parece funcionar melhor, nas últimas chamadas do ano para a felicidade. Tudo, menos o relógio que, como nós, corre sempre demais, mais do que deveria. E, convenhamos, com tanta coisa boa acontecendo ou prestes para acontecer, fica difícil conciliar inspiração e oportunidade (lê-se acesso fácil à internet), todas juntas numa hora só. O que resta fazer? Deixar de postar as idéias e viagens desse período tão peculiar para o turismo das idéias ,ou de qualquer jeito e em qualquer tempo, ainda que vencidos, dar vazão aos pensentos? Prefiro não resistir...