sexta-feira, 27 de março de 2009

mão no teto e chão no pé

Não precisou mais do três encontros para que pudesse concluir a relação completa do catálago de talentos dele. Tentando extrair o melhor dalí, ainda que através de um exercício extremo de generosidade, ela conseguiu chegar à conclusão que apenas uma habilidade, de longe, poderia ser considerada sua mais notável aptidão: plantar bananeiras. Era o que ele fazia de melhor. Não havia conseguido lhe surpreender de outra forma. Era a maneira que tinha para fazer circular sangue pela cabeça. E ele, naquela posição de pernas pro ar, só assim, conseguia colocar suas cabeças na mais correta posição hierárquica. Inegavelmente, era preciso muita habilidade, alguns treinos talvez e, principalmente, muita, muita aerodinâmica. E aerodinâmica, era o que não lhe faltava. Afinal de contas, era um avião.

Um comentário:

Aline disse...

Achei que era uma homenagem a um amigo, rs.