domingo, 23 de novembro de 2008

Woody, Barcelona & Sexo

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Desde o post sobre a 32ª M.I.A que aconteceu aqui em São Paulo, estava esperando entrar em circuito no cinema Vicky Cristina Barcelona. Esse sábado, então, me chega uma amiga desapontada com o filme. Estava furiosa com a ausência das cenas de sexo tão, digamos, consistentes (esse não é um bom adjetivo...) quanto se espera duma história sobre triângulos amorosos. Cenas que apelessem, pelo menos, à altura do que sugeriam as resenhas sobre a película. Não esperei, fui comprar minha pipoca e, eu mesmo, averiguar sobre essa denúncia e todas as que até então eu já tinha lido. E outra, Woody Allen sempre me liga, querendo saber sobre o que eu tenho a dizer. Já estava mais do que na hora.
Já acomodado, depois de meia-hora de propagandas sem áudio, saí do transe: o filme começa. De cara, com as duas belezas: Scarlett Johansson e Rebecca Hall, Cristina e Vicky. Ambas rumo à Barcelona. Uma buscando dar vazão a sua impulsividade – nunca capaz de mudar-lhe a vida. A outra, a fim de trazer, com uma viagem de estudos, razoabilidade a sua falta de impulsos, acaba ganhando a oportunidade de perder-se numa vida nova.
Daí pra lá. Muita Espanha, muitas cores, muitos triângulos amorosos, muita Penélope Cruz (o melhor do filme!) muitas surpresas e reviravoltas e muito, mas muuuito sexo (Okey, tudo bem, duas cenas bem pouco explícitas de sexo - Woody, apesar de estar em Barcelona, ainda não tem nada haver com Almodóvar). Sem cenas de sexo? Como assim? Onde minha amiga andava com a cabeça? Pra começar, o roteiro por si só é todo envolvente e quase inteiro cômico. Quando nos pegamos em si, estamos nus. Despidos de qualquer idéia própria. E do que somos todos nós sem nossas convicções? Só nossos sexos. Pessoas se aproximam, e então se conhecem, loucuras que se oferecem, personalidades que se despem e se deixam tocar, envolver e, depois, penetrar-se pelas verdades que não cabem em nós. Sentimentos que se consomem. Dúvidas e desejos que nos devoram por dentro. Muita rejeição e muita vontade. Pra no final de tudo a sensação de alívio ou culpa. Pronto: Sexo! Ou isso não é sexo?

Mais:

4 comentários:

Rafael Campos disse...

doido... pq todo mundo já viu esse filme e ele nao chega na porra da minha cidade?

Séfora disse...

Bem, como somos a segunda cidade do estado e mesmo assim não temos cinema, eu não vou poder tecer comentario algum sobre o filme... =/

Mia disse...

Vô de carona com Séfora na "esperalidade" do filme... daqui que chegue aqui, viiiuuôô! Mas tá anotadíssimo; como não gosto de baixar, espero chegar na locadora, e se for bom, copio! ^.^
Mas isso tudo porque adoreeeieee a análise crítica.

=*

Anônimo disse...

Eu achei esse filme excepcional, Woody Allen voltou aos bons tempos.
A trilha sonora que acompanha as peripécias do personagens é incrivel.
O engraçado é que ouvi amigas dizendo, por favor não me deixem ir para Barcelona!rs
Como vc disse o filme despi as nossas convicções e leva ao impulso, a risada e o bom da vida... e no final todos saem diferentes mais ilesos de volta a sua rotina...
Como eu disse esses dias toda mulher tem um pouco de Vicky, Cristina e Maria Elena....rs
bjos
Déh De mari
solemescprpiao.wordpress.com